Cultura

O que é cultura maker? Como valorizar a criatividade e a colaboração

Você já ouviu falar sobre o que é cultura maker? Trata-se de um movimento cultural que valoriza a criatividade, a colaboração e o aprendizado por meio da construção de projetos com as próprias mãos. Neste artigo, vamos explicar o que é cultura maker, qual a sua origem, quais são os seus benefícios e como você pode participar dessa comunidade. Além disso, vamos mostrar como a cultura maker pode ser aplicada na educação, tanto formal quanto informal.

O que é cultura maker?

A cultura maker é uma forma de expressão que envolve o uso de diversas ferramentas, materiais e tecnologias para criar soluções, produtos ou obras de arte. O termo “maker” vem do inglês e significa “fazedor”, ou seja, alguém que faz algo. A cultura maker é baseada na ideia de que todos podem ser criadores, não apenas consumidores, e que o processo de fazer é uma forma de aprender e se divertir.

Qual a sua origem?

A cultura maker tem suas raízes nos movimentos do “Do It Yourself” (Faça Você Mesmo) e “Do It With Others” (Faça com Outros), que ganharam força nas décadas de 1960 e 1970 . Esses movimentos surgiram como uma forma de resistência ao consumismo e à padronização, incentivando as pessoas a produzirem suas próprias roupas, móveis, músicas, revistas e outros objetos, usando técnicas artesanais ou alternativas. Com o avanço da tecnologia e a disponibilidade de ferramentas acessíveis, a cultura DIY se transformou na cultura maker, que incorporou elementos como a eletrônica, a robótica, a impressão 3D, a programação e a internet das coisas. O movimento ganhou ainda mais impulso com a popularização dos hackerspaces, fab labs e makerspaces, espaços físicos onde as pessoas podem compartilhar conhecimento, habilidades e recursos para criar projetos .

Quais são os benefícios?

A cultura maker traz diversos benefícios para quem participa dela, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Veja alguns deles:

  • Desenvolve habilidades como o pensamento crítico, a criatividade, a resolução de problemas, a comunicação e a colaboração.
  • Estimula o aprendizado contínuo e a curiosidade por diferentes áreas do conhecimento.
  • Proporciona satisfação pessoal e autoconfiança ao concluir um projeto.
  • Amplia o repertório cultural e a visão de mundo ao entrar em contato com diferentes perspectivas e experiências.
  • Contribui para a inovação e o empreendedorismo ao gerar novas ideias, produtos e serviços.
  • Promove a sustentabilidade e a responsabilidade social ao incentivar o reaproveitamento de materiais e o engajamento em causas sociais.

Como participar da cultura maker?

Para participar da cultura maker, você não precisa ter nenhum conhecimento prévio ou habilidade específica. Basta ter vontade de aprender, experimentar e compartilhar. Existem diversas formas de se envolver com essa comunidade, tais como:

  • Acessar sites, blogs, podcasts, vídeos e livros sobre o tema.
  • Participar de cursos, oficinas, workshops e eventos.
  • Visitar espaços como fab labs, hackerspaces e makerspaces, onde você pode encontrar ferramentas, materiais e pessoas dispostas a colaborar.
  • Criar seus próprios projetos, seja em casa, na escola ou no trabalho.
  • Compartilhar seus projetos nas redes sociais ou em plataformas como o Instructables ou o Thingiverse.
  • Apoiar outros makers dando feedbacks, dicas ou doações.

Como usar a cultura maker na educação?

A cultura maker também pode ser uma ótima aliada na educação, pois oferece uma forma mais dinâmica, prática e significativa de ensinar e aprender. Pode ser usada tanto na educação formal (escolas e universidades) quanto na educação informal (museus, bibliotecas e espaços culturais). Veja algumas formas de usar a cultura maker na educação:

  • Criar projetos interdisciplinares que envolvam diferentes áreas do conhecimento e habilidades socioemocionais.
  • Usar metodologias ativas como a aprendizagem baseada em projetos (ABP), a aprendizagem baseada em problemas (ABP) e a aprendizagem baseada em desafios (ABD).
  • Integrar ferramentas digitais como aplicativos, jogos e plataformas educacionais.
  • Utilizar recursos como kits educacionais (Arduino, Lego Mindstorms etc.), impressoras 3D e cortadoras a laser.
  • Promover espaços de co-criação, experimentação e compartilhamento, como laboratórios de inovação, salas de aula invertidas e feiras de ciências.
  • Estimular a autonomia, a curiosidade e a criatividade dos estudantes, permitindo que eles escolham seus temas de interesse, definam seus objetivos e avaliem seus resultados.

Agora que você já sabe o que é cultura maker e como usá-la na educação, que tal se juntar a esse movimento e colocar a mão na massa? Você vai se surpreender com o que você pode criar e aprender!

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